Tremor ocorreu a 600 quilômetros de profundidade, na região entre as cidades de Eirunepé e Ipixuna. Entretanto, os abalos não foram sentidos pela população
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Eirunepé, município a 1.160 quilômetros de Manaus |
Um terremoto de
magnitude média, de 4,6 graus, atingiu parte do interior do Amazonas na noite
desta terça-feira (25), por volta das 21h20 (horário de Manaus). O tremor
iniciou a 600 quilômetros de profundidade, na região entre as cidades de
Eirunepé e Ipixuna, a 1.160 e a 1.367 quilômetros da capital amazonense,
respectivamente. Entretanto, os abalos não foram sentidos pela população.
“As
ondas de choque chegaram atenuadas na superfície da Terra, por isso (os moradores) não perceberam
nada anormal”, disse o geólogo Renê Luzardo, do Serviço Geológico do
Brasil (CPRM). Segundo ele, o fenômeno foi imperceptível por causa da
profundidade do tremor, sendo que fenômenos desta natureza são comuns na região
e acontecem por minuto, mas a maioria são considerados “micro”,
registrados em menos de 1 grau. “Esse foi maior”, acrescenta o geólogo.
A causa do
terremoto foi a colisão entre duas placas tectônicas, uma denominada Nazca
(mais densa) e a outra conhecida como Sul-Americana (mais pesada). Placas
tectônicas são grandes porções de terra limitadas por zonas de
convergência que, quando em atrito, causam tremores e erupções vulcânicas. A
ocorrência desses fenômenos é impossível de ser prevista.
“Só sabemos que (a
Amazônia) é uma região onde acontece muito isso. Os terremotos de 4,6 graus já
causam estragos, mas não ocorreu isso em Eirunepé devido a profundidade das
ondas. Quando chegou lá em cima, elas (ondas sísmicas) chegaram ‘fraquinhas’ .
Se fosse com distância de 50 ou 40 quilômetros, teria causado grande
estrago”, explicou o geólogo Renê.
Jornal Acrítica
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