Os Estados brasileiros que mais desmataram foram o Pará, Mato Grosso e Rondônia. Entre 2013 e 2014, o Amazonas desmatou um total de 464 km². Essa é a segunda menor taxa desde que o Inpe começou a medi-la, em 1988
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O estado do Amazonas reduziu o desmatamento em 20% no período de um ano |
O Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia
Legal (Prodes), do Inpe, computa como desmatamento as áreas maiores que 6,25
hectares onde ocorreu remoção completa da cobertura florestal – o corte raso. O
cálculo da taxa de desmatamento foi obtida após o mapeamento de 89 imagens de
satélite.
A avaliação do Inpe mostra que essa é a segunda menor taxa
de desmatamento na Amazônia Legal desde que o instituto começou a medi-la, em
1988, no âmbito do Prodes. De 2004 a 2014, a redução na taxa de desmatamento
foi 83%. Naquele ano, o desmatamento foi 27.772 km² de florestas, quando foi
criado o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia
Legal. A menor taxa foi registrada em 2012, quando foram desmatados 4.571 km².
Os estados que mais desmataram no último período foram o
Pará, com 1.829 km² desmatados; o Mato Grosso, 1.048 km²; e Rondônia, com 668
km². Entre 2013 e 2014, o Acre desmatou 312 km²; Amazonas, 464 km²; Maranhão,
246 km²; Roraima, 233 km²; e Tocantins, 48 km².
"Apenas os estados do Acre e Roraima apresentaram
taxa de crescimento do desmatamento, em relação ao período 2012/2013, de 41% e
37%, respectivamente. Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o
trabalho agora será de detectar os locais de pressão de desmatamento nesses
estados. “Vamos conversar com os governos estaduais e olhar a fiscalização.
Embora do ponto de vista de magnitude, [o desmatamento nesses estados] não seja
expressivo, como temos no Pará, em Mato Grosso e Rondônia, tradicionalmente
estados mais representativos da pressão de desmatamento, e eles tiveram
redução”, disse.
O estado do Maranhão reduziu o desmatamento em 39%,
comparado a 2012/2013; Tocantins, 35%; Rondônia, 28%; Pará, 22%; Amazonas, 20%;
e Mato Grosso, 8%.
Após anunciar aumento de 29% do desmatamento em
2012/2013, a ministra disse que a redução de 18%, neste ano, deve-se ao
trabalho de inteligência na fiscalização e da busca pela regularização ambiental.
“Mudamos o patamar da fiscalização para uma fiscalização preventiva. É um
reconhecimento ao trabalho dos fiscais do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis], do ICMBio [Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade], da Força Nacional e dos sistemas criados
para fortalecer a fiscalização ambiental, que estão trazendo resultados”,
ressaltou Teixeira.
ANDREIA
VERDÉLIO/AGÊNCIA BRASIL
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