De acordo com a assessoria de comunicação da Operação Ágata, o Super Tucano é um avião utilizado como caça, mas de baixa performance. Trata-se de aeronave requisitada pela própria FAB à Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer)
| Avião da FAb sobrevoa área de fronteira no Amazonas |
A utilização do A-29, ou Super Tucano, na “Operação Ágata 4”, gerou polêmica entre os internautas que acessam o acrítica.com.
Alguns questionaram se a aeronave é realmente a melhor opção para o
monitoramente aéreo de uma faixa tão extensa de fronteira. Outros
garantiram que o avião, de fabricação brasileira e que foi adotado pela
Força Aérea Brasileira (FAB) em 2005, é o ideal para este tipo de
operação, já que possui hélices, estando, portanto, fora da
classificação de supersônicos, e possibilitando o ataque a aviões com
potência equivalente que porventura se arrisquem a cometer delitos no
espaço aéreo brasileiro.
De
acordo com a assessoria de comunicação da Operação Ágata, o Super
Tucano é um avião utilizado como caça, mas de baixa performance.
Trata-se de aeronave "encomendada" pela própria FAB à Empresa Brasileira
de Aeronáutica (Embraer), tendo em vista que os aviões que entram na
Amazônia com contrabando são também de baixa performance, os conhecidos
“teco-tecos”.
Para
interceptá-los com um caça ou supersônico (munido de turbinas), que têm
uma velocidade incompatível com os aviões de hélice, os obstáculos
seriam maiores, já que tiraria a qualidade do voo numa eventual
perseguição. Além disso, conforme a assessoria, o Super Tucano agrega a
habilidade de um caça com à velocidade compatível a de um avião de baixa
performance, o que cria uma situação favorável à FAB. E por conta da
sua praticidade, viabiliza o pouso em pistas curtas, o que na Amazônia
faz diferença já que muitas pistas não possuem a estrutura adequada para
receber um caça.
Mira
Outra
qualidade da aeronave é a precisão da mira nos ataques em terra, a
exemplo dos bombardeios de pistas clandestinas. Isso graças a sua
tecnologia embarcada. Na Operação Ágata 4, especificamente, a aeronave
está sendo utilizada para interceptar eventuais voos clandestinos e
destruir pistas clandestinas.
O
Super Tucano já chegou a ser cogitado para uso em guerra, mas, por
motivos ainda não esclarecidos, uma licitação vencida pela Embraer nos
Estados Unidos para o fornecimento de 600 unidades do modelo foi
cancelada.
Hoje, há esquadrões posicionados ao longo da fronteira, sediados em Boa Vista (RR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).
O ex-piloto de A-29, tenente Carlos Eduardo Azevedo Alvares, explicou que a aeronave se enquadra em situações como a de combate à guerrilha. Para ele, cada aeronave é projetada com um objetivo, e o do Super Tucano é combater aviões de baixa performance.
O ex-piloto de A-29, tenente Carlos Eduardo Azevedo Alvares, explicou que a aeronave se enquadra em situações como a de combate à guerrilha. Para ele, cada aeronave é projetada com um objetivo, e o do Super Tucano é combater aviões de baixa performance.
“Ela é uma aeronave de excelência para o que ela foi projetada e, na
falta de uma pista pavimentada, tem grande mobilidade”. De acordo com o
tenente, o A-29 é preciso no ataque em solo e pode alcançar uma
velocidade de 490 quilômetros por hora. “É uma aeronave que presta um
suporte às tropas em terra”.
O que é a “Operação Ágata”
O
Ministério da Defesa (MD), dentro da concepção do Plano Estratégico de
Fronteiras, está realizando a Operação Ágata 4, ação conjunta das Forças
Armadas Brasileiras, com o apoio de outros órgãos federais e estaduais.
Entre
os envolvidos estão a Polícia Federal (PF), o Instituto Brasileiro de
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Secretaria
da Receita Federal (SRF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Sistema
de Proteção da Amazônia (Sipam), a Força Nacional de Segurança Pública
(FNS), a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Agência Nacional de
Aviação Civil (Anac), Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgãos de
segurança pública dos Estados do Amazonas, Roraima, Pará e Amapá para
coibir delitos transfronteiriços e ambientais na faixa de fronteira
Norte.
Nos
mesmos moldes das Operações Ágata 1, Ágata 2 e Ágata 3, foi ativado o
Comando da Área de Operações Arco Norte (C A Op ARCO NORTE), com sede no
Estado do Amazonas, que contará com representantes das instituições
envolvidas. Esse Comando desencadeará ações preventivas e repressivas
com foco nas regiões de fronteira com a Venezuela, Guiana, Suriname e
Guiana Francesa em uma área com aproximadamente 5.200 km de extensão.
A
Operação Ágata 4 tem por objetivos reduzir a incidência dos crimes
transnacionais e ambientais, as ações do crime organizado, além de
intensificar a presença do Estado Brasileiro na faixa de fronteira e
incrementar o apoio à população local.
Para
isso, foram empregados 8,5 mil militares e civis, diversas viaturas,
navios, embarcações, helicópteros e aviões para realizar ações de
interdição de pistas de pouso irregulares, atracadouros clandestinos e
garimpos ilegais; patrulha e inspeção naval nos rios e igarapés;
bloqueio e controle de estradas; patrulhamento ostensivo; apreensão e
interceptação de aeronaves suspeitas, entre outros.
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