quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Polícia prende rapazes que estupraram menina indígena no interior do Amazonas

A menina S.C.P teria sido atraída pelos rapazes, que lhe deram bebida alcoólica e  provavelmente drogas para, em seguida, cometer o estupro

 Borba – AM
Borba – AM (AUDIMAR ARRUDA/Arquivo AC)
Uma menina indígena da etnia munduruku de 14 anos foi estuprada no último dia 22 por dois rapazes não-indígenas no município de Borba (a 150 quilômetros de Manaus). Os suspeitos foram presos nesta quarta-feira (23). Eles foram identificados como Jemerson, de 20 anos, e Jair, de 22. A menina foi atacada na comunidade onde mora, Foz de Canumã.

A informação foi dada pelo jornalista J. Rosha, assessor de comunicação do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).Conforme J. Rosha, a agressão aconteceu por volta de 20h da última terça-feira. A menina S.C.P teria sido atraída pelos rapazes, que lhe deram bebida alcoólica e  provavelmente drogas para, em seguida, cometer o estupro.

Um morador do município que pediu para não ter seu nome publicado disse que a moça foi encontrada embriagada, com marcas de violência sexual e se queixando de muitas dores.
Nesta quarta-feira, os dois suspeitos foram apresentados na delegacia de polícia onde foi lavrado o flagrante.

A vítima e o pai estão na sede de Borba, onde ela está recebendo tratamento médico. S.C.P foi submetida a um exame de conjunção carnal no hospital. Já a locomoção dos acusados e da vítima da comunidade para a cidade só foi possível com apoio dos comunitários que forneceram a embarcação.
A psicóloga Mônica Carvalho, do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Borba e do Conselho Tutelar, disse que a menina indígena se queixa de dores, tem dificuldade para andar e está muito abalada. Ela vai continuar em tratamento na cidade.

Rosha disse que a violência sexual sofrida pela indígena munduruku revoltou os profissionais que lhe prestaram atendimento. Eles temem que os acusados sejam liberados nos próximos dias e o crime acabe ficando na impunidade.

“Crime semelhante aconteceu ano passado naquela mesma comunidade. Os agressores ficaram livres e estão lá zombando da Polícia”, comenta um morador da localidade.
A Comunidade Foz do Canumã fica localizada no rio Canumã, nas proximidades da terra indígena Kwatá/Laranjal, onde vivem indígenas Mundurucu e Sateré Mawé. 

ACRITICA.COM

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