Ao todo, deputado Ricardo Barros (PP-PR) sugere enxugamento de 12,2 bilhões de reais e a manutenção da meta de superávit primário de 0,7% do PIB
Corte no Bolsa Família é o maior entre os propostos pelo relator do orçamento(CLEMILSON CAMPOS/JC IMAGEM/Estadão Conteúdo) |
O relator do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR),
apresentou nesta sexta-feira seu relatório final sobre o tema com cortes de
12,2 bilhões de reais, sendo 10 bilhões de reais do Bolsa Família. Assim, o
deputado não acatou os pedidos do governo de preservar o programa social.
O relatório
será votado na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional na próxima
semana e também mantém a meta de superávit primário do setor público
consolidado equivalente a 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) para o próximo
ano. A meta é defendida pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
"Entregarei
o relatório do orçamento com a meta de superávit estabelecida. Esses cortes,
por mais duros que sejam, são necessários", afirmou o relator a
jornalistas.
A meta de
economia para o pagamento de juros da dívida do setor público consolidado -
governo central, Estados, municípios e estatais - é de 43,8 bilhões de reais
para 2016, ou 0,7% do PIB. Só para o governo central (governo federal, Banco
Central e Previdência), o objetivo é de 34,4 bilhões de reais. Nesta
sexta-feira circulou o rumor de que Levy teria dito que deixará o governo caso
a meta de superávit primário para o próximo ano fosse zerada pelo Congresso.
CPMF - Segundo o
relator, caso o governo e o PT queiram manter o orçamento do Bolsa Família sem
cortes, terão de apresentar destaque na reunião da comissão com outra opção de
corte. Barros também incluiu em seu relatório receitas de 10,3 bilhões de reais
relacionadas à CPMF, imposto proposto pela equipe econômica que enfrenta
resistência de parlamentares, e mais 21 bilhões de reais com a regularização
dos ativos no exterior, cujo projeto ainda tramita no Congresso. "Haverá
certamente contingenciamento para aguardar a confirmação da receita no ano que
vem", disse.
O deputado
afirmou ainda esperar a conclusão da votação geral do Orçamento de 2016 até a
próxima quinta-feira, dia 17, em meio às intensas discussões no Congresso sobre
o processo de abertura de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Veja.com
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