sábado, 5 de maio de 2012

Vigilantes entram em acordo com empresários e greve chega ao fim em Manaus

Reunião realizada na tarde desta sexta-feira,no Tribunal Regional do Trabalho, selou o acordo entre vigilantes e empresários. Categoria estava paralisada desde quarta-feira.
Greve dos vigilantes deixou bancos fechados em Manaus.
 Manaus - A greve dos vigilantes em Manaus chegou ao fim. Uma reunião na tarde desta sexta-feira, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 11ª região, selou o fim do movimento grevista da categoria.

A reunião, que durou aproximadamente duas horas e meia, contou com a participação de representantes do Sindicato dos Vigilantes, Ministério Público do Trabalho e TRT, além de representantes das oito empresas que tiveram seus serviços prejudicados na cidade. Com o acordo, os vigilantes garantiram retorno imediato ao trabalho.

Pelo acordo fechado, o piso salarial dos vigilantes ficou estabelecido em R$ 782, um aumento real de 10,92%. O divisor caiu de R$ 220 para R$ 192, já o ticket alimentação saltou de R$ 9 para R$ 10 por dia trabalhado. Quando as atividades paralisaram, os vigilantes queriam aumento de 30% e ticket alimentação de R$ 15. Segundo o procurador do Trabalho Jorcinei Dourado, o aumento vai vigorar de 1º de maio a 1ª de abril de 2013.

O presidente da Junta Governativa do Sindicato dos Vigilantes do Amazonas, Raimundo Silva, comemorou a decisão, que ele considerou muito difícil. "Ficamos três ou quatro anos sem reivindicar nada, e agora quisemos resgatar tudo que perdemos ao longo dos anos. O aumento ficou de bom tamanho, satisfez a categoria. ", afirmou ele, garantindo que já na noite de hoje todos os vigilantes voltarão aos postos de trabalhos.

O presidente do sindicato patronal, Orlando Guerreiro Maia, representante das empresas de vigilância, afirmou que os vigilantes não serão punidos pelos três dias de ausência do trabalho. "Eles vão repor os dias de trabalho mensalmente. Vão trabalhar um dia de folga por mês até julho para compensar esses dias", explicou ele, que considerou todo o processo como um ato intransigente. "Eles receberam um aumento fora da realidade, pois foi um valor muito expressivo para o atual momento econômico. Foi o que foi  possível acordar".

O vigilante Ivan Duarte, que há nove anos trabalha na empresa Transexcel, disse que a categoria nunca vai ficar satisfeita com o que ganha, mas que o acordo propiciou um ganho salarial significativo.

“Demos um salto grande no salário, mas futuramente vamos reivindicar novamente nossos direitos”, afirmou ele, destacando que o mais importante foi a participação da categoria no acordo. “Todas as vezes que a empresa fazia uma proposta íamos lá com a categoria discutir e analisar juntos, nada foi escolhido sem o aval da categoria”, afirmou Duarte, que esteve presente na hora da conciliação.

Ivan era um dos cerca de 300 vigilantes que acompanhavam, do lado de fora, a reunião no TRT.


Anayra Benevides

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