Segundo a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, o benefício complementar é um primeiro passo para a superação da miséria
| Permanece o desafio do governo federal de identificar e incluir no Cadastro Único para Programas Sociais todas as pessoas que vivem na extrema pobreza no Brasil | 
A
 presidenta Dilma Rousseff anunciou nessa terça-feira (19) a extensão da
 complementação de renda do Bolsa Família para alcançar os últimos 2,5 
milhões de beneficiários do programa que ainda permaneciam em situação 
de extrema pobreza em todo o país. No estado do Amazonas, 47.536 pessoas
 estão sendo tiradas da miséria, do ponto de vista da renda, com a 
expansão do Plano Brasil Sem Miséria. 
“O
 marco que comemoramos hoje não seu deu por mágica, mas por 10 anos de 
muito trabalho. Nesse período, construímos a tecnologia social mais 
avançada do mundo, o Cadastro Único e o Bolsa Família”, afirmou a 
presidenta.
 Com a medida, não existirá mais, no Bolsa Família, nenhuma família com 
renda mensal inferior a R$ 70 por pessoa. Este é o valor adotado como 
referência e representa o primeiro passo para que essas famílias possam 
superar a extrema pobreza, que envolve outras variáveis além da renda. O
 pagamento inicia em março. Segundo a ministra do Desenvolvimento Social
 e Combate à Fome, Tereza Campello, o benefício complementar é um 
primeiro passo para a superação da miséria. 
“É
 só um começo, não vamos nos limitar à miséria monetária. Estão em curso
 ações estruturantes que ampliam oportunidades para o público do Brasil 
Sem Miséria. Está em curso a verdadeira reforma: colocar o Estado a 
serviço de quem mais precisa”, destacou Tereza Campello. 
Aliado
 à garantia de renda, o plano também promove ações de inclusão produtiva
 – como qualificação profissional, assistência técnica e extensão rural e
 fomento à produção – e de acesso a bens e serviços públicos, em 
especial nas áreas de saúde, educação, habitação, acesso à água e à 
energia elétrica.
Busca ativa
Permanece o desafio do governo federal de identificar e incluir no Cadastro Único para Programas Sociais todas as pessoas que vivem na extrema pobreza no Brasil e ainda são invisíveis ao poder público. Para isso, o reforço da estratégia de busca ativa, com o apoio dos estados e municípios, é fundamental.
Desde o início do Brasil
 Sem Miséria, em junho de 2011, 791 mil famílias com este perfil foram 
localizadas, cadastradas e incluídas no Bolsa Família, em todo o país. 
Estima-se que ainda haja outras 700 mil fora do cadastro. Por meio do 
Cadastro Único, o poder público conhece quem são os brasileiros mais 
pobres, onde vivem, quais as características de seus domicílios, sua 
idade, escolaridade etc.
Assim, pode 
incluir essas famílias em programas de transferência de renda e também 
matricular seus integrantes em cursos profissionalizantes, oferecer-lhes
 serviços de assistência técnica e extensão rural, dar-lhes acesso a 
água ou a tarifas reduzidas de energia elétrica, por exemplo. A Tarifa 
Social de Energia Elétrica, o Minha Casa Minha Vida e o Bolsa Verde são 
alguns exemplos de ações que utilizam o Cadastro Único como referência 
para a seleção de beneficiários. 
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