O fenômeno Geminídeas será visível em todo o Brasil a partir das 2h da segunda-feira (14), com uma frequência de até 120 meteoros por hora
Os meteoros da Geminídeas são pedaços de um corpo celeste chamado 3200 Phaeton, que cruza a órbita da Terra anualmente, na metade de dezembro(VEJA.com/Divulgação) |
Na noite deste sábado (13) para domingo (14) acontece o apogeu da melhor
chuva de meteoros do ano. O fenômeno Geminídeas, visível mundialmente, poderá
ser observado em todos os Estados do Brasil a partir das 2h até as 4h, na
direção Leste do céu. "Esta costuma ser uma das chuvas de meteoros mais
intensas do ano, em que poderemos ver até 120 meteoros por hora na noite de
maior visibilidade", explica Daniel Mello, astrônomo do Observatório do
Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Os meteoros da Geminídeas são pedaços de um corpo celeste
chamado 3200 Phaeton, que cruza a órbita da Terra a cada um ano e meio.
"Phaeton era um cometa que, possivelmente, perdeu todo o seu gelo no
passado por causa das muitas passagens pelo Sol. Por isso, não forma mais uma
bela cauda e possui o aspecto de um asteroide, formado apenas por material
rochoso", afirma Mello.
Desde o
século XIX, todos os anos, os destroços desse corpo celeste parecem
"despencar" da Constelação de Gêmeos, daí seu nome. Quando foi vista
pelas primeiras vezes, era pouco brilhante e não chamava muita atenção, mas,
com as passagens sucessivas pelo Sol, a quantidade de partículas que se
desprenderam do 3200 Phaeton foi aumentando e o fenômeno se tornou uma das mais
importantes chuvas de meteoros do ano. Anualmente, ela vai de 9 a 19 de
dezembro.
De acordo
com Mello, a alta frequência dos meteoros - dois por minuto - e a baixa
velocidade com que parecem cair no céu, possibilitam a boa observação. No
entanto, céu limpo e escuro é condição essencial para a visualização.
Para observar - Os meteoros se tornam visíveis ao entrar em
atrito com a atmosfera. Com o choque, são vaporizados e brilham. Por isso,
quanto menos iluminação no céu, melhor a observação. Os astrônomos aconselham
que a visualização seja feita longe de grandes centros urbanos, para evitar a
poluição luminosa e atmosférica que atrapalham o fenômeno.
"Chuvas
de meteoros são visíveis ao longo de grandes áreas no céu. Isso torna
desaconselhado o uso de binóculos ou lunetas, pois esses instrumentos limitam
muito o campo de visão. O melhor é observar a Geminídeas a olho nu", diz
Roberto Costa, astrônomo do Instituto de Astronomia, Geografia e Ciências
Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG/USP).
Além disso,
este ano, a luminosidade da Lua, em sua fase nova, não deve atrapalhar quem
quiser observar a chuva de meteoros. A previsão do tempo também deve ajudar:
neste domingo, estão previstas pancadas de chuva no final da tarde e início da
noite nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte e tempo firme e céu claro
na região Nordeste.
Dica para as fotos - Há uma maneira de fazer com que as imagens da
chuva de meteoros fiquem ainda mais incríveis: "Deixe uma câmera digital
posicionada para a Constelação de Gêmeos - direção Leste do céu - e faça vídeos
durante a ocorrência do fenômeno para registrar as estrelas cadentes. Isto pode
ser feito por qualquer amador e os resultados podem ser bem legais", disse
Mello.
Para quem
não conseguir observar a chuva de meteoros, a Nasa fará uma transmissão, ao
vivo, pelaNasa TV e também por seu canal de
streaming. O evento será gravado pelo sistema de câmeras da
agência espacial, nos Estados Unidos, e será divulgado em conjunto com
entrevistas de cientistas que falarão sobre a Geminídeas.
Veja.com
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