Declaração aconteceu depois de encontro de 50 minutos entre a presidente e o vice no Palácio do Planalto; reunião foi marcada após o vazamento da carta do peemedebista
O vice-presidente Michel Temer, em Brasília após reunião com a presidente Dilma Rousseff - 09/12/2015 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) |
A presidente Dilma Rousseff e o vice Michel Temer se reuniram
por 50 minutos na noite desta quarta-feira, em Brasília. O encontro, o primeiro depois do
vazamento da carta-desabafo do peemedebista, aconteceu no Palácio do Planalto.
Ao final da reunião, os dois divulgaram declarações curtas e quase iguais,
prometendo manter uma "relação pessoal e institucional" produtiva.P
"Combinamos,
eu e a presidente Dilma, que nós teremos uma relação pessoal e institucional
que será a mais fértil possível", afirmou Temer, na única frase que disse
aos jornalistas após o encontro.
"Na
nossa conversa, eu e o vice-presidente Michel Temer decidimos que teremos uma
relação extremamente profícua, tanto pessoal quanto institucionalmente, sempre
considerando os maiores interesses do país", diz a breve nota divulgada
pela Presidência.
Dilma fez questão de combinar com sua assessoria as palavras que
seriam usadas no comunicado e esperou a declaração do vice para decidir o teor
da nota. O cuidado foi tomado para que não acontecesse como na última vez em
que estiveram juntos, na semana passada, quando houve desencontro nas versões
divulgadas por auxiliares de ambos sobre o tema da conversa.
Carta - Temer foi
chamado por Dilma para uma conversa no Palácio do Planalto após o vazamento de
uma carta que o peemedebista enviou para a petista em tom de desabafo. No
texto, o vice reclama que foi tratado como um auxiliar "decorativo"
pela presidente e que nunca contou com a confiança dela.
Apesar da
declaração tentando mostrar uma reaproximação na fria relação entre os dois, o
PMDB tem se mostrado cada vez mais rachado e o grupo que defende a ruptura com
o governo tem ganhado força. Nesta quarta, o então líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani, um aliado do
Planalto, foi destituído pela ala pró-impeachment do PMDB.
(Com agências Reuters e Estadão Conteúdo)
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